Lavrando Pa
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Em busca de um sonho
Por Franklim Silva (Professor), em 2012/12/17859 leram | 0 comentários | 185 gostam
Conto vencedor, no 8.º ano, do Concurso ““Uma aventura nas férias de Natal – 2012”.


   Era véspera de Natal e Rui, um menino moreno, de seis anos, estava entusiasmadíssimo, pois era naquele dia que ia conhecer o Pai Natal! Ao que parece, ele ia estar no centro comerical para que as crianças o pudessem conhecer e dizer-lhe o que queriam como prenda.
   Portanto, a meio da tarde, a mãe do menino levou-o ao encontro do homem de barbas brancas e fato vermelho. Tendo chegado ao centro comercial, Rui e a mãe foram para a fila para ir ter com o Pai Natal.
   Quando avistaram a fila, não conseguiam acreditar no que estavam a ver! Havia crianças de todas as idades, só para conhecer o Pai Natal! Assim, a fila era gigante, passando pela loja de brinquedos, a preferida de Rui, e pela loja de sapatos, de que a mãe tanto gostava.
   - Mamã, eu vou conhecer o velhinho de barbas brancas, não vou? – perguntou Rui.
   - Claro que vais, meu amor. Só tens de esperar algum tempo! – respondeu a mãe.
   Dito isto, foram para o fim da fila. Uma hora se passou... três horas, na fila. Finalmente, Rui era a próxima criança a sentar-se no colo do Pai Natal.
   Mas a sorte não estava do seu lado e, mal a criança anterior a Rui acabou o seu pedido, um elfo anunciou que a “Aldeia de Natal” estava fechada e desejou um Feliz Natal a todos.
   Rui ficou muito triste, mas insistiu, ainda que mentalmente e só para si: “Eu vou conhecê-lo. Esta noite vou conhecer o Pai Natal!”
   Decidido, antes de ir dormir nessa noite, preparou uma mochila para a aventura que ia ter.
   Reuniu um pacote de bolachas de chocolate, uma garrafa de sumo e uma lanterna.
   Então, às onze da noite, levantou-se da cama, verificou se os pais já estavam a dormir, vestiu um casaco e saiu de casa, resolvido a ir até ao centro comercial, que ficava a dois quarteirões da sua casa.
   Não andava ninguém na rua àquela hora, o que facilitava tudo. Chegando então à entrada principal do centro comercial, reparou que estava fechado. Felizmente, havia uma janela aberta, por onde Rui entrou.
   Deparou-se de imediato com umas luzes acesas, pelo que se aproximou, para ver o que era. Nada mais nada menos que o Pai Natal a ler as cartas das crianças.
   - Uma boneca para a Sofia, um carrinho para o Pedro... já está. Tudo pronto para a meia-noite. Só tenho de... quem és tu? – perguntou o Pai Natal.
   - Eu... e... eu... eu sou... sou o Rui.
   - O que é que estás aqui a fazer a esta hora, pequenino?
   - Eu... eu... quero dizer-lhe o que quero pa... para o Natal.
   - Então, conta-me, vá.
   - Eu quero... um... um carro de corrida pequeno... pode ser?
   - Claro que sim, tenho toneladas desses ali atrás! Mas só a tua coragem e determinação permitiram que o tivesses! É importante sermos persistentes e termos convicções, mas é preciso também conhecer os riscos das nossas opções! Os teus pais sabem que estás aqui?
   - Não... eu queria muito conhecê-lo...
   - Oh, então anda comigo. Ajudas-me a pôr os presentes no trenó e vives uma aventura inesquecível!
   - Eu vou andar no seu trenó?
   - Claro! Anda, a tua casa vai ser a primeira paragem!
   Assim, Rui estava mais contente que nunca. Conheceu a rena Rodolfo e entrou em casa pela chaminé. No final, despediu-se do Pai Natal, que lhe prometeu fazer o mesmo no ano seguinte.
   O sonho, por vezes, comanda mesmo as nossas vidas! É preciso ir atrás dele, enfrentar perigos, experienciar emoções, mas, quando conquistado, tem outro sabor... Que época melhor para o fazer do que a época natalícia?



Marta Mouteirinho – 8.º C


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