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Segundo aviso dos cientistas à humanidade
Por Anabela Pinto (Professora), em 2017/11/151120 leram | 0 comentários | 96 gostam
Vinte e cinco anos depois, cientistas de todo o mundo voltam a chamar a atenção para o que estamos a fazer ao nosso planeta, com as emissões de dióxido de carbono ou a desflorestação.



  Cerca de 15 mil cientistas de 184 países, entre os quais mais de 200 portugueses, publicam esta segunda-feira um artigo na revista BioScience para nos avisar que estão em curso danos ambientais “irreversíveis” e “substanciais” na Terra. Algumas das principais destruições (muitas provocadas por nós) são a crescente extinção de espécies, a desflorestação, o aumento da temperatura ou das emissões de dióxido de carbono. Este já é o segundo alerta do género feito pelos cientistas à humanidade.(...)
  E qual foi a evolução desde 1992? Houve uma redução de 26% na quantidade de água doce disponível per capita; uma queda na captura de peixe selvagem, apesar do crescimento do esforço de pesca; um aumento de 75% do número de zonas mortas nos oceanos; uma perda de 121 milhões de hectares de floresta, muitos convertidos para a agricultura; um aumento contínuo e significativo nas emissões globais de dióxido de carbono e nas temperaturas médias do planeta; um aumento de 35% da população humana;uma redução de 29% nos mamíferos, répteis, anfíbios, aves e peixes. “Além disso, desencadeámos uma extinção em massa, a sexta em cerca de 540 milhões de anos, em que muitas formas de vida atuais podem ser aniquiladas ou condenadas à extinção até ao final do século”.(...)
  E o que é mais preocupante em Portugal? Para Helena Freitas, bióloga da Universidade de Coimbra, é a sustentabilidade dos rios. “Penso que não estamos a cuidá-los. É um dos aspetos mais críticos, até porque, não tendo qualidade de água, não só não teremos acesso à água como há implicações ao nível das práticas agrícolas”, diz, destacando ainda a falta de coesão territorial associada à desertificação da paisagem e ao despovoamento. “Há uma profunda desigualdade no país e isso reflete-se na forma como gerimos o território. Por exemplo, os incêndios também têm a ver com isso: não cuidamos da natureza e os parques naturais e as áreas protegidas não têm tido uma política ativa.” Já Ricardo Trigo destaca: “Estamos numa zona semiárida do Mediterrâneo, onde a tendência para secas e ondas de calor é gritante. Uma das razões de ser tão difícil controlar os incêndios florestais em Portugal ou na Califórnia é a grande probabilidade de secas e de ondas de calor.”

                                     online,13 de novembro de 2017, 17:10

Para saberes mais consulta https://www.publico.pt/2017/11/13/ciencia/noticia/segundo-aviso-dos-cientistas-a-humanidade-continuamos-a-destruir-a-terra-1792378?page=/&pos=2&b=multimedia__1


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