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Aqui há gato!
Por Mónica Rodrigues (Professora), em 2017/03/17567 leram | 0 comentários | 136 gostam
Quando as crianças se unem na escrita, produz-se magia!
Ti, ti, ti, ti, ti… tocava o despertador, sem cessar, quando, meio atordoado, o Tomás esticou o seu braço para fora dos lençóis e desligou o aparelho. Estava na hora de acordar, de se arranjar e ir para a escola. Levantou-se e dirigiu-se para a casa de banho. Lavou-se, penteou o seu cabelo loiro e vestiu-se. Depois desceu para a cozinha onde tomou o pequeno-almoço.
- Despacha-te, Tomás! Ainda tens que lavar os dentes. Vais chegar atrasado!- alertou-o a mãe.
Apressado vestiu o casaco e lá foi para a escola.
- Bom dia, Tomás! – disseram, em coro, os gémeos Filipa e Quico.
- Ainda vens a dormir! – exclamou a Filipa num sorriso.
- Levantar tão cedo, depois das férias, custa-me imenso. - afirmou o Tomás.
- Pois é – concordou o Quico. - As férias de Natal deviam ser mais longas.
Trimmmm. Tocou a campainha e os três amigos dirigiram-se à sala, onde os esperava a professora. Iam ter Matemática. A aula passou num instante. Estavam muito animados a trabalhar com as réguas, compassos e transferidores, quando tocou novamente a campainha, mas desta vez era para o intervalo.
- Meninos, peguem nas vossas lancheiras e podem sair para o recreio. – ordenou a professora.
Os três amigos saíram muito animados. Regressar à escola, afinal era bom. Às vezes, nas férias, o Tomás sentia-se sozinho, não tinha com quem brincar. Na escola podiam estar juntos, jogar à bola e pôr a conversa em dia. Havia sempre tantas novidades para contar.
Como era hábito puseram-se a jogar futebol.
- Sou eu à baliza. –afirmou a Filipa.
O Tomás deu um pontapé tão forte na bola, que ela só parou no meio dos arbustos.
- Assim não vale! – reclamou a Filipa aborrecida. – Agora vai tu buscar a bola.
- Eu vou! – voluntariou-se o Quico.
Mas quando se aproximou do arbusto e esticou o braço para agarrar a bola, sentiu algo quentinho e fofinho.
- Tomás! Filipa! Venham cá! Aqui há gato!
- Como assim? – perguntou a menina.
- Está aqui um gato, no meio dos arbustos.
- Não acredito! – exclamou o Tomás.
- Anda ver! Deve andar perdido.
- Oh! Que lindo! – admirou-se a Filipa.
- E agora? O que vamos fazer com ele? -questionou o Quico.
- Eu sempre quis um gato para me fazer companhia. Vamos levá-lo para a sala e logo à tarde, levo-o para casa. - afirmou, determinado, o Tomás.
Tocou novamente para dentro. Os três amigos resolveram esconder o gatinho dentro da lancheira do Tomás, deixando-a um bocadinho aberta para que o animal pudesse respirar. Quando chegaram à sala, pousaram a lancheira, com muito cuidado, junto à mesa.
 De repente o pequeno gatito começou a miar:
- Miau, miau.
E para disfarçar, o Quico começou a espirrar e a tossir.
- Atchim! Cof, cof.
- Então Quico, estás doente? Parecias-me um gato a miar. – referiu a professora.
A certa altura a professora também começou a espirrar.
- Atchim. Atchim. Atchiiiim! Aqui há gato! Bem me parecia! As minhas alergias não me enganam. Quem trouxe um gato para dentro da sala? – perguntou, arreliada, a professora.
-Fui eu, professora. – admitiu o Tomás. - Encontrámo-lo no recreio e logo à tarde vou levá-lo para casa.
- Que atitude tão nobre! Mas devias ter-me dito. Ele não pode ficar na sala. Vamos levá-lo para o ginásio e dar-lhe de comer. Deve estar cheio de fome. Vou telefonar para a tua mãe e, se ela autorizar, leva-lo para tua casa.
Assim fizeram. A mãe do Tomás ficou muito contente, porque há muito tempo que desejava presentear o menino com um animal de estimação.
Os três amigos deram-lhe o nome de Bolinhas, porque era todo branquinho com uma bolinha preta no olho e tinha sido encontrado graças à bola de futebol.
O Bolinhas foi muito feliz com o Tomás. Tornaram-se os melhores amigos e o menino nunca mais se sentiu sozinho.

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