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Mistério no Natal - 9.ºano
Por Isilda Monteiro (Professora), em 2019/01/311156 leram | 0 comentários | 684 gostam
No âmbito do concurso de escrita, atividade do grupo de Português, o José Tomás Coelho, 9.º B, foi o vencedor. Parabéns!


                               O mistério de Natal


A caminho da casa da avó Lurdes, ia no carro a ouvir e a cantar as típicas músicas natalícias. Estava muito contente porque era o dia da véspera de Natal, a melhor época do ano. Adorava o mês de dezembro, que, para mim, era sinónimo de publicidade da mais bela, da mais colorida e entusiasmante que há! Sobretudo quando ela se converte em realidade, em presentes desejados junto à árvore de Natal!
Entretanto, tinha chegado ao meu destino. Mal abri a porta, o aroma daqueles doces subiu-me à cabeça, fazendo-me imaginar o aspeto daquelas rabanadas quentes, do enorme bolo-rei e da deliciosa aletria. Além disso, a decoração fascinante – até mesmo a loiça – fez com que desejasse que o Natal fosse durante todo o ano!
Porém, havia algo de errado. As habituais prendas em embrulhos delicadamente coloridos não se encontravam debaixo da árvore de Natal. Decidi procurar, de forma discreta, em toda a casa. Não queria que nenhum dos meus familiares percebesse a investigação àquele “mistério natalício”. Curiosamente, não encontrei nada e, por isso, achei que o melhor a fazer era esquecer o “mistério” e usufruir daquela noite.
Já na hora de jantar, toda a família estava a desfrutar daquele momento. A comida estava fantástica, o ambiente estava irrepreensível, ou seja, nada poderia estragar a alegria e o entusiasmo daquela véspera de Natal. De qualquer das maneiras, aquele “mistério” ainda me intrigava. Perturbava-me de tal forma, que o meu tio se apercebeu de que algo se passava comigo. Portanto, dirigiu-se a mim:
- O que se passa contigo, rapaz?
Ao que lhe respondi de imediato:
- As prendas de Natal… onde estão?
- As prendas de Natal somos nós, cada um de nós, o amor, o carinho, o afeto que cada um de nós oferece – explicou-me com ternura.
De início, não me conformei com a sua explicação.
Um pouco mais tarde, preparado para dormir, lembrei-me do que o tio me tinha dito. De facto, ele tinha razão. Recordar aqueles risos, aquelas gargalhadas, todas as conversas e os momentos daquela noite tão bem passada resolveu o “mistério de Natal” e fez-me sentir a pessoa mais grata que alguma vez existiu!
Há prendas que guardamos e que recordamos com emoção, porque nos trazem memórias felizes, tal como há momentos que preservamos e perpetuamos ao longo da nossa existência. Por que não considerar esses momentos que passamos em família, no Natal, como verdadeiras “prendas vivas”?
Aquele foi um “mistério” rapidamente desvendado pelo meu tio e facilmente compreendido por mim, pois adoro o Natal e a magia da riqueza interior que nos proporciona!

José Tomás Coelho, 9.º B


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