“Lights4Violence” na nossa escola | ||
Por Isilda Monteiro (Professora), em 2019/06/01 | 1387 leram | 0 comentários | 689 gostam | |
"Lights4violence" é um projeto que organiza atividades para os jovens refletirem sobre o comportamento que devem ter com outros jovens. Quisemos conhecer melhor este projeto. | ||
A nossa entrevistada chama-se Sofia Queirós, tem 24 anos, é criminóloga e tirou a licenciatura no ISMAI (Instituto Universitário da Maia). Trabalhou na nossa escola, no âmbito do projeto “LIghts4Violence”. José Azevedo- Boa tarde, sei que orientou várias sessões do projeto “Lights4Violence”. Podia-nos contar como tudo decorreu? Sofia - Claro que sim. Então, vou “puxar a cassete para trás”, se me permitirem, para também explicar um bocadinho como é que surgiu esta ideia. O projeto foi impulsionado pela Comissão Europeia, ok? Foi criado um manual baseado em estudos e investigações na “literatura”, como nós dizemos, a partir daqui as universidades candidataram-se e aceitaram a proposta para dinamizar estas sessões com os sétimos, oitavos e nonos anos. Nesta escola, sabíamos que o nono ano estava com o projeto “ENGENHEIRAS POR UM DIA”, então, ficamos só com os sétimos e oitavos anos. Além disso, estamos em seis países, para além de Portugal, trabalhamos também em Espanha, Reino Unido, Itália, Roménia e na Polónia. José Lima- E quem disponibilizou os materiais? Sofia Queirós- Os materiais foram financiados, ok? Por exemplo, os questionários foram criados em computador, a escola disponibilizou as suas salas, para além da sala de TIC, e a biblioteca para podermos realizar os nossos questionários. Então, os materiais foram fornecidos, neste caso, pelo ISMAI que, possivelmente, também foi financiado para ter acesso a este material. José Azevedo-Sei que houve filmagens relativas ao projeto. Essas filmagens como decorreram? Sofia Queirós - Na minha perspetiva, decorreu bastante bem! Nesta escola, estivemos aqui também com a cooperação do Gabinete do Laboratório de Multimédia do ISMAI, portanto, contamos com a ajuda de técnicos para nos auxiliar nas filmagens. Eu acho que, de um modo geral e também pelo “ feedback” que me foi dado dos alunos e das alunas, foi extremamente positivo. Posteriormente, os vídeos serão apresentados às turmas dos alunos que participaram neste projeto e, claro, aos seus familiares. José Azevedo- Tendo em conta as filmagens e o “Lights4Violence”, os alunos surpreenderam-na, pela positiva ou negativa? Sofia Queirós - No projeto, eu penso sempre pela positiva, ok? Todos nós, ao longo deste percurso, tivemos mais dificuldades em alguns temas e em alguns assuntos, mas a questão é mesmo essa: debatermos e conversar uns com os outros sobre estas dinâmicas e sobre este flagelo que é a violência. É um problema tão alarmante, hoje em dia, não é? Estamos em março e já 12 mulheres foram mortas! Podemos ainda incluir aqui a violência no namoro, uma delas sendo uma criança, não é? Estamos em 2019, mas ainda continuam a ocorrer crimes deste tipo… José Azevedo- E a Sofia acha que este projeto tem impacto nos estudantes e em quem participou neste projeto? Sofia Queirós - Eu espero que sim! Como eu vos fui referindo ao longo das sessões, o projeto é importante, porque os estudantes do 3.º ciclo são a próxima geração. Tudo o que é passado na escola é de alguma forma passado para os amigos fora da escola e para a sua família, portanto, a mensagem não fica só nas quatro paredes que são a sala de aula. Também há formações deste género com adultos, que são feitas por profissionais de áreas que lidam com esta realidade, nomeadamente com as vítimas. José Azevedo e José Lima- Obrigado pelo seu tempo. Espero que esta entrevista sirva para dar a conhecer mais e melhor o seu trabalho e este projeto. Sofia Queirós- Foi um prazer! José Azevedo e José Lima, 7.ºD | ||
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