Conto de Natal | |
Por Isilda Monteiro (Professora), em 2013/12/16 | 798 leram | 0 comentários | 182 gostam |
O Presente Desejado | |
Era dezembro, num fim de semana em que toda a família estava reunida em torno da lareira, tentando aquecer-se, pois o frio não perdoava, implacável. Na rua não se via ninguém. Com o Natal a aproximar-se, cumpria-se a tradição. Todas as crianças faziam a lista dos presentes que mais desejavam, para enviar ao seu grande e rechonchudo herói, o Pai Natal. De entre todos os pequeninos sonhadores, naquela família, havia uma criança que ambicionava, não uma playstation, não um urso de peluche, mas o regresso de seu pai. O pai, imigrante na Suíça, fora em busca de sustento para dar tudo o que podia aos que mais amava. Era desse grande homem, grande não por ser muito alto, mas sim por ter valores e pôr a família acima de tudo. Era desse homem que o menino sentia falta. Os dias gélidos de inverno foram passando e o menino vivia o espírito natalício cada vez com mais angústia. Chegou a véspera de Natal, tios, avós, primos, a sua mãe e ele já estavam sentados à mesa a disfrutar da comida excelente que a sua avó tinha preparado. Mas o menino sentia o vazio, faltava parte de si, a parte que viajara para a Suíça já há uns meses e que lá permanecia em trabalho. Foram passando as horas e aproximava-se a meia-noite, a hora de abrir os presentes. Perto da árvore de Natal, estava um embrulho gigante com um pequeno cartão: «Para o Rodrigo, com carinho e amor do pai.». Rodrigo inquiriu a sua mãe: – Mãe, mãe, posso abrir?! – Sim, podes, mas só porque é do teu pai. – autorizou a mãe. Ele correu para junto da caixa e começou a desembrulhá-la…No interior, o pequeno Rodrigo viu bolinhas de esferovite e mais bolinhas de esferovite. Subitamente, surge uma mão e, depois, um gorro vermelho. E, num impulso, saiu o seu pai. O menino explodiu de alegria, como se tivesse ganhado uma nova vida. Mataram saudades, trocaram sorrisos e abraços. O Rodrigo recebera o melhor presente de Natal! Pseudónimo: Nelson Mandela; nome verdadeiro: Pedro Tomás, 8.ºB | |
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