Ah! Se acontecesse enfim qualquer coisa! | |
Por Alda Chaves (Professora), em 2012/11/20 | 936 leram | 0 comentários | 234 gostam |
Inspirados nas leituras feitas na aula de Língua Portuguesa e no “desejo” inspirador de José Gomes Ferreira, os alunos do 9.º C quiseram escrever… | |
Ah, se acontecesse enfim qualquer coisa, E as palavras não fossem mais com o vento E me trouxessem alento, Que deste bem preciso, Sim. Ah, se se alterasse enfim qualquer coisa, E as imagens perdurassem no tempo, Mesmo que viesse o vento, Pois não me parece andarem estas a bem se mostrar. Passo agora a uma breve descrição Daquilo que vejo, Com pouca exatidão, Não com os olhos, mas com o coração, Pois só este não se deixa enganar, Ao contrário dos outros, Dos quais se deixa camuflar, Toda a coisa e mais alguma, Que me poderia abalar. Vejo pois uma estranha sombra, Uma sombra que não sei classificar, Mas que atrás de mim se começa a formar, E tento eu fugir. Ah, que pena tenho eu daqueles, Cujas desventuras não souberam bem acabar, Pois o coração não soube olhar, E são agora presenteados com a presença de tal mal, Mal que não os deixa dos problemas do mundo se aperceber, Daquilo que deveriam ver, Todos os dias. Mas, afinal, que sentem estes quando se inquirem, Pelo final do dia, Sobre o impacte que tiveram neste mundo, Sobre a presença junto a todos que os rodeiam? Ah, se ao menos se libertassem todos estes de tal apatia, Acendessem a chama da alegria, E dessem por fim aos outros relevância, Sentir-me-ia eu melhor? Cristina Beleza 9.º C 8 de novembro de 2012 | |
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